sábado, 7 de março de 2009 Minha vida mudara radicalmente após a formatura em Beauxbatons. A mudança mais radical foi ter saído da Grécia. Saído da casa e da asa da minha mãe, que sempre fora tão confortável e segura. Vários foram os motivos para que tomasse essa decisão. Entre eles: a necessidade de aprender a me virar um pouco mais sozinha (principalmente nas responsabilidades e tarefas domésticas), estar mais perto de Bernard (agora que nosso namoro estava mais sério do que jamais esteve), mais perto da Academia de Aurores e, claro, a tranqüilidade de saber que para mamãe isso também estava sendo melhor, agora que ela e Richard estavam se dando uma nova chance e tentando recuperar o tempo que perderam separados, criando eu e Isabel (que também apoiava a campanha de deixá-los um pouco mais a sós e livres de responsabilidades conosco, quaisquer que fossem, agora que já éramos maiores de idade, livres e donas dos nossos narizes). Enfim, eu tinha amadurecido muito mais do que já me considerava na época de estudante... Minha firmeza toda só falhou em um único momento, desde então: a perspectiva de ser apresentada à família de Bernard durante as férias de Natal (ser “aprovada” por eles como uma namorada ideal me parecia de repente crucial, e era. Eu não podia estar mais certa do que sentia por Bernard, e se não conseguisse convencer sua família disso, se eles implicassem comigo ou com nosso relacionamento, eu não saberia o que fazer!). Quase apelei para um suporte da minha mãe quando o grande e temível dia se aproximava, desistindo da idéia imediatamente. Medo de ser detestada pela família dele era como um monstro no armário: não existia e era completamente absurdo que eu estivesse o fantasiando com tantos dentes, cabeças e garras. Psicológico. Surreal. Sinistramente vivo em mim, sem motivo algum para existir. - Quer parar de bater os pés, Anabel? Não consigo me concentrar nesse artigo, e se não entregá-lo amanhã na redação... – Brenda passou seu próprio dedo indicador por toda a extensão do pescoço, fazendo uma careta significativa depois. Levantei-me do sofá, inquieta. Anne riu. - Parece uma adolescente. Você e Bernard já namoram há bastante tempo, Bel. Relaxa! Os pais dele vão gostar de você... - Como você pode ter tanta certeza? – perguntei aflita e sem esconder um tom de desespero na voz. Anne trocou um olhar divertido com Brenda (que parecia ter desistido de se concentrar no pergaminho à sua frente enquanto eu estivesse ali) antes de responder. - Que motivos eles teriam para não gostar? Bernard está feliz com você, isso é perceptível. Você está se preocupando à toa. Sentindo a garganta seca demais para responder, caminhei até a sacada olhando a rua embaixo. O dia acabava de nascer, e uma camada fina de neve cobria todas as superfícies sólidas lá fora. Consultei o relógio novamente. Bernard estava atrasado. Tentando me acalmar, sentei-me novamente no sofá e comecei a brincar com meus dedos das mãos, unindo suas pontas e montando escadinhas, continuamente. Anne estava certa: eu estava parecendo uma adolescente. Aliás, uma criança. Namorava Bernard há quase três anos, estávamos felizes juntos e nunca dera razão alguma para a família dele não ir com a minha cara. Afinal, nem nos conhecíamos “oficialmente”. - Como você conseguiu adiar tanto tempo? Samuel me levou para conhecer a família quando ainda nem namorávamos “sério”. – ela perguntou despreocupada me avaliando. - Não sei. Circunstâncias. De qualquer maneira, não é como se não nos conhecêssemos... Na festa de formatura dele, conheci os pais, mas bem superficialmente óbvio. Os irmãos, Amelie e Vincent, conheço de vista, de Beauxbatons, mas nunca conversei com nenhum deles além do convencional cumprimento. Aliás, isso com Amelie. Vincent é um endiabrado! Bernard não tinha muita paciência com ele quando ainda estava em Beauxbatons, o que contribuiu para que o conhecesse ainda menos depois. Mas ele é um dos grandes responsáveis pela maçante perda de pontos da Sapientai durante os anos letivos... - sorri amargurada e Anne fez o mesmo. Talvez para me estimular. – E por último, o avô, Edmond. Conhecemos ele na nossa festa de formatura, se lembra? Mas... - Me deixa adivinhar? Também não pôde conhecê-lo melhor? – Brenda perguntou às minhas costas, divertindo-se. Olhei-a irritada e ela balançou os ombros. – Qual é, Bel? Você está muito melhor do que eu, que nem sabia quantos irmãos Chris tinha antes de ir a casa dele a primeira vez! Você fez tantas perguntas a Bernard sobre eles todos nesses últimos dias que é bem possível que saiba até a cor preferida, de cada um. – Anne riu ao meu lado. - Podem achar engraçado, não me importo. Não escondo que estou nervosa. Tenho direito de estar assim? – perguntei azeda olhando as duas. – Vocês sabem como eu sou: reservada, tímida, quieta... Não é à toa que toda minha família fez questão de jogar na cara dele o espanto que sentiram quando o apresentei como meu namorado. As apostas eram que morreria solteira e cercada de livros e gatos. - Acontece que Bernard também é assim! Mesmo que não tenha agradado toda sua família, pelo menos ele já enfrentou tudo isso. Ele já não é um estranho para eles, mesmo que tenha gerado comentários de diversas opiniões. Quem se importa? Quem se importa se eles vão gostar de você ou não? Você vai ficar com Bernard, não com a família dele... De qualquer maneira, eles vão gostar de você. Sou capaz de apostar quanto quiser. – Anne concluiu confiante e me senti um pouco mais leve. - É claro que vão gostar! Você tem cada uma, Anabel... – Brenda disse um pouco sem paciência, voltando-se para o artigo em seguida. Elas tinham razão. Eu era uma boba. Eu já me sentia mais tranqüila quando a campainha tocou. Pulei do sofá de um salto e corri até a porta. Parado ali, Bernard sorria para mim, tranquilamente. - Você está atrasado. – eu disse acusando-o. Meu estômago iniciando uma nova série de acrobacias. - Oi. – ele respondeu educadamente, me puxando pela cintura para um abraço e um beijo breve. Depois, ainda me segurando ao seu lado, cumprimentou Anne e Brenda, que sorriram empolgadas para ele. Se virou para mim, novamente. – Desculpe, fiquei preso na rede de flú com minha mãe. Ela está um tanto curiosa para saber como você é. Disse que minha mensagem de “minha namorada vai passar o Natal conosco” pareceu um tanto superficial, já que eles nem sabiam que eu estava namorando alguém. – ele sacudiu os ombros rindo e senti um gosto amargo na boca. - O que você respondeu? - Que era para ela deixar a curiosidade para ser respondida daqui a pouco, ao vivo. Ela está um tanto agitada e estranha. Não perguntou seu nome, mas se você tinha cabelo curto ou longo. Enfim... Estão nos esperando. Você está pronta? - Quer a resposta sincera ou a corajosa? – perguntei fazendo-o rir e segurar minha mão com força, entrelaçando os nossos dedos. - Você é inacreditável, Anabel. Não tem medo de nenhum dos treinamentos da Academia de Aurores, mas está toda gelada por ir conhecer minha família. Meros mortais, pacatos e inocentes. Te garanto que são bem mais “calmos” do que sua família, não se preocupe. Vão querer te adotar! Seu tom de voz era firme e eu me vi sem saída. Nos despedimos das meninas e saímos para a rua gelada e deserta do prédio onde morava com elas, em Paris. Bernard despachou minha mala antes, com um aceno de varinha. Ainda segurando firme minha mão, me deu um beijo na testa sussurrando “relaxa” antes de aparatarmos. A estranha sensação de estar sendo espremida para dentro de uma garrafa, que geralmente as aparatações produziam em mim, foi bastante leve perto do desconforto que senti quando me vi parada em uma rua quase tão deserta e gelada de Marselha. A casa da família Lestel fazendo sombra a alguns metros na minha frente. -------- Nem precisamos bater na porta, pois ela já estava destrancada. Senti minha mão suar gelado, grudada na mão de Bernard quando entramos na sala de visitas, vazia. - Mãe? Pai? Chegamos... – Bernard gritou e sua voz ecoou pela casa toda. Um segundo depois, o pai de Bernard apareceu nos avaliando e abrindo um largo sorriso a nos ver, se aproximando mais para cumprimentar. Bê era uma cópia fiel dele, pude constatar quando ele estava só a alguns centímetros. Os mesmos olhos azuis, nariz, boca, cor do cabelo e até altura e maneira como se movimentava, andando suave e despreocupadamente. - Pai, essa é Anabel, minha namorada. Bel, esse é meu pai, também Bernard. – Bê nos apresentou, cordial, e seu pai estendeu a mão para mim, estranhamente empolgado. Um pouco sem jeito, apertei em resposta forçando um sorriso. - É um prazer te conhecer, Anabel. Seja bem-vinda. – ele disse animado e balancei a cabeça em resposta, agradecendo e sentindo as bochechas queimarem. – Vou chamar Cecília para vir vê-los. Ela estava tão ansiosa... Mas não deu tempo para que ele se afastasse, pois a mãe do Bê apareceu imediatamente e parou me encarando um instante com um sorriso no rosto demonstrando conformidade e mudando sua expressão drasticamente, um segundo depois. Seus olhos ficaram de repente vermelhos e inchados, e ela abriu um enorme sorriso, espontâneo e sincero, deixando várias lágrimas escorrerem por seu rosto. Senti minhas pernas tremerem, pois sem nenhuma introdução ou preparo, ela correu até nós e me puxou para um abraço apertado fazendo Bernard soltar minha mão, igualmente espantado com aquela reação. Meus músculos estavam rígidos e os braços duros colados ao lado do corpo, enquanto Cecília ainda me mantinha presa no abraço e fazia várias lágrimas escorrerem por meus ombros. Quando Bê pareceu ter se recuperado um pouco do choque, interveio, puxando a mãe e fazendo-a se afastar de mim. - Mãe... você está assustando a Bel. Quer dizer, todos nós. – Bernard falou enquanto me puxava novamente para seu lado, me abraçando pela cintura com firmeza e sorrindo para a mãe, que secava o rosto e me encarava emocionada e feliz. – Aconteceu alguma coisa? - Desculpem, eu... não estava esperando... – ela confessou um pouco envergonhada e Bernard reagiu ao meu lado. - Como não estava esperando? Avisei que viríamos há várias semanas e você ficou me prendendo na lareira até agora pouco! – ele disse exaltado e ela balançou a cabeça negativamente. Eu não queria deixar que esse pensamento tomasse uma forma intacta na cabeça, mas não conseguia deixar de notar que ela parecia um pouco... fora de órbita (para não dizer “maluca”). – Mãe... – Bernard recomeçou um pouco nervoso, mas ela o cortou. - Não quis dizer que não estava os esperando. Eu sei que você me avisou, sei que já estavam vindo. – ela disse com clareza e Bernard relaxou, mas levantou a sobrancelha logo depois, em dúvida. – É só que... não estava esperando ela... hmm... uma menina. Tão bonita e... – não completou a frase, deixando-a morrer no ar e fazendo o ambiente cair em silêncio total. Tudo o que ela ia dizendo não fazia o menor sentido para mim e aparentemente tampouco para Bernard. A suposição mais sensata que me agreguei para dar razão a essas últimas palavras foi que ela não esperava que Bernard namorasse uma garota tão bonita e me senti intimamente grata por esse elogio e pelo canto do olho vi a expressão do Bê, rindo internamente do constrangimento que deveria estar sentindo por ter chegado a essa mesma conclusão com as insinuações da mãe. “Mas tudo bem. Pelo menos não haviam esperado que ele morresse sozinho em uma biblioteca, contaminado pelo ácaro dos livros velhos e cercado de gatos”, eu pensei comigo mesma. Bernard, o pai, pigarreou. - Cecília não está se expressando bem. Está um tanto exaltada, Anabel, desculpe por isso. – ele disse apoiando um dos braços nos ombros da mulher, que concordou depressa. Sacudi os ombros em resposta, forçando um sorriso. - Ok. Vamos começar de novo. – Bê se recuperou também, firmando a voz. – Mãe, essa é Anabel, minha namorada. Bel, essa é minha mãe, Cecília. Estendi a mão esperançosa para ela, que apertou a minha em resposta, ainda sorrindo largo. Terminada as apresentações, ficamos os quatro parados ali, nos encarando. - Anabel... namorada... – Cecília disse baixinho para si mesma ameaçando recomeçar a chorar e se virou para Bê. – Ah, Bernard! Porque não nos disse nada antes? Agora era fato: Cecília Lestel era maluca. Ou eu era. Mas ela não estava fazendo sentindo algum para mim. Olhei dela para Bernard e de novo para ela, sem entender mais nada e sem fazer esforço para entender também. Quando Bernard respondeu, parecia confuso. - Mãe... sério: o que aconteceu com você? Pai... – olhou para o pai pedindo algum tipo de ajuda, mas Bernard o encarou cansado e disse: - Cecília... você prometeu que iria se controlar. - Desculpem! Desculpem! Todos vocês! – ela disse depressa nos olhando exasperada. – Desculpe, Bê. Não tinha preparado a reação para uma “quebra de expectativas”. Passei tempo demais ensaiando aquele sorriso conformado de mãe moderninha que aceitaria tudo pela felicidade do filho, já vi tantas vezes isso acontecer em filmes... Mas quando entrei aqui e vi você de mãos dadas com ela, Anabel, uma mulher... Não consegui segurar. Você só me surpreende. - Não estou entendendo nada. – Bê disse se dando por vencido depois de alguns segundos e Cecília se virou para o marido, o olhar suplicante. Ele suspirou antes de assumir, firme: - Ela pensou que você era gay, Bernard. Isso. Por isso estava esperando que você trouxesse um garoto até aqui e... Bom, vocês conhecem o resto da história. Não sei como consegui controlar a risada que queria, por tudo, se soltar para a sala (que além de silenciosa, adquiriu uma tensão surreal). Bernard apertava tanto minha mão que agora a sentia gelada não de nervosismo mas por falta de circulação sanguínea. Encarava os pais com uma mescla de espanto e decepção. Abaixei os olhos para meus sapatos, decidida a esperar quieta pelos próximos movimentos de qualquer um dos três. Porém, a quebra de silêncio e tensão aconteceu com uma gargalhada sobrenatural de outra pessoa: Ian. Sem que qualquer um de nós tivéssemos notado, ele havia entrado na casa e parado na porta onde, agora, lutava para não se esquecer de respirar em meio ao surto de risadas. Seu rosto já estava molhado de lágrimas e eu soube que ele tinha escutado a declaração final. Não conseguindo mais lutar, também comecei a rir de tudo: de Ian, da suposição absurda de Cecília e até da dormência nos meus dedos por causa da tensão que Bernard transpassava por seu aperto. - Oi. Desculpem. – Ian disse ofegante olhando para todos nós, tentando se controlar mas ainda rindo abertamente. – Não pude deixar de escutar e... bem, vocês me conhecem. Não consegui segurar. - Ian, você nos assustou! – Cecília disse em tom de censura, mas ele não pareceu se constranger, avançando vários passos até onde estávamos. - Desculpe, tia, não foi minha intenção. Não teria agido assim se não tivesse escutado sobre sua suposição... Bernard... gay! – ele recomeçou a rir e Cecília fez uma careta para ele, reprimindo-o quase imediatamente. Bê encarava a mãe sem mudar em nada a expressão e parecendo nem ter notado Ian ali. Ela o olhou murcha de arrependimento. - Não pense mal de sua mãe, Bernard. Ela não fez por mal. É só que, em todos esses anos, as únicas garotas com quem vimos você conversar foram Marie e Clarisse. Depois que Clarisse foi morar em Madrid e você nos disse que Ian gostava da Marie, então... não temos culpa. Você nunca dizia nada, nem nos apresentava ninguém! Ainda mais depois de se formar e sair de casa. Sua mãe pensou que você era gay e eu pensei que se tornaria padre! – Bernard disse em tom de defesa. Sem mais agüentar a dor da minha mão, puxei-a com força fazendo Bê soltá-la e me olhar como quem se desculpa (não pela mão) antes de responder. - Vocês são inacreditáveis! Inacreditáveis! – Ian recomeçou a rir e Bernard também, por tabela. – Da próxima vez, podem me deixar um pouco mais constrangido. Ainda não foi o suficiente... – Cecília relaxou sorrindo também e abraçando ele, dando-lhe um beijo estalado no rosto. Bê olhou para mim, que ria ao lado de Ian por toda a confusão. - Não disse que iam querer te adotar? – perguntou sarcástico. Cecília se exaltou. - Esclarecida a confusão, você não se importa se for até a cozinha terminar o almoço certo, Bel? – ela perguntou alegre e ao me chamar pelo apelido me fez sobressaltar um segundo antes de responder aliviada. - Não, é claro que não. Precisa de ajuda? – ofereci, embora não soubesse fazer nada na cozinha. Ela sorriu com delicadeza. - Não seja boba, é claro que não. Vá conhecer o restante da casa e do quarteirão com Bê e Ian. Depois do almoço, vou te mostrar algumas fotos da família... – ela piscou marota antes de ir para cozinha, acompanhada pelo marido. Bernard gemeu ao meu lado. - Fotos não... – disse desesperado. Pensei que Ian fosse rir, mas ele acompanhou Bê na careta. – São muito comprometedoras. – Bernard disse e Ian concordou com a cabeça. - Minha mãe também tem algumas dessas de nós dois, na infância... – ele comentou desanimado e ri. - Mal vejo a hora de ver isso. – comentei maliciosa e os dois me encararam azedos. Balancei os ombros. – Não reclamem. Eu e Marie salvamos vocês da vida “virada” que prometiam, desde a infância. - Eu mato minha mãe. – Bernard comentou azedo antes de puxar minha mão novamente para me mostrar o restante da casa. Ian nos nossos calcanhares. - Quais as chances de encontrarmos esses álbuns de fotos antes de ela espalhar, Bê? – ele perguntou sem esperanças. - Nulas. – Bê confirmou e ri. - Vão comer na palma da minha mão. Ian resmungou mais alguns desaforos e ameaças desistindo logo depois. Eu sempre teria alguns trunfos na manga e eles sabiam disso... N.A.: Texto que recebeu uma grande e indispensável ajuda da Ju. Thanks! =D domingo, 11 de janeiro de 2009 Ainda faltavam algumas horas para a virada do ano (e milênio) quando Henrique chegou para me buscar. Parecia empolgado, o que me deixou ainda mais ansiosa. - Parabéns para nós, meu amor. – ele disse sorridente assim que abri a porta para deixá-lo entrar. Me abraçou forte e levantou alguns centímetros do chão. – Seu presente, entrego daqui a pouco... Vamos?! - Vamos! Mas não antes que eu entregue o seu. – sorri animada correndo até a mesa onde havia uma grande caixa. Mesmo antes de abri-la, ele pareceu desconfiado. Desfez o nó do laço e puxou a tampa, soltando um assobio de surpresa e um largo sorriso em seguida. - Uma jaqueta de couro! Linda! – disse enquanto abria a jaqueta no ar, virando-a de todos os lados. - Não é só uma jaqueta de couro! – apressei-me a indicar para ele a marca “IM” bordada do lado esquerdo, perto de outros buttons. – É a primeira peça de roupa que eu mesma desenhei, especialmente pra você! Feita com couro de Chifres-Longo Romeno, uma espécie de dragão muito perigosa. Ah, tem vários bolsos internos também. Essa jaqueta me custou o primeiro “dez” do meu curriculum, sabia? A professora de “Design de Moda I” ainda está insistindo para que eu conte onde consegui esse couro verde escuro. Dei trabalho para Morgan, aquela minha amiga que trata de dragões, sabe? – mas ele me encarava com um brilho no olhar e parecia não estar escutando uma palavra do que dizia. Ri. – Estou falando demais, não é? Gostou do presente? Acha que levo jeito...? - Eu adorei o presente. É a jaqueta de couro mais linda que já vi! Bate em todas essas nas vitrines... – ele me deu um beijo e vestiu a jaqueta, esticando os braços e dando uma voltinha para que eu avaliasse. – Como fiquei? - Lindo. Agora vamos! Estou curiosa pra saber qual é a surpresa! – ele parou de admirar a jaqueta por alguns segundos, consultando o relógio. - É verdade, precisamos nos apressar. Mas antes de irmos, você poderia pegar seu telescópio? - Meu telescópio? Porque você quer levar meu telescópio? - Porque estou levando o meu, mas acho que o seu é melhor... Não, não adianta me perguntar o que vamos fazer! – ele se adiantou quando viu minha boca se abrindo para perguntar. Tornei a fechá-la dando-me por vencida. - Ok, ok, vou pegar. Alguns minutos depois, saímos de casa. Cruzamos Manhattan e quando entramos no condado de Queens, me virei surpresa para ele, que continuou olhando para frente e dirigindo, decidido a não me adiantar nenhum detalhe. Depois do que me pareceu meia hora, ele encostou o carro em um posto de gasolina e me olhou com jeito de quem estava tramando alguma coisa. - Estamos quase lá, é no próximo quarteirão! Então... – puxou uma venda preta - Vou amarrar isso em você, ok? Prometo que só por 10 minutos, no máximo isso! Cansada de protestar, concordei com a cabeça e deixei que ele amarrasse o pano nos meus olhos. Logo o carro recomeçou a andar e parou novamente. Henrique saiu e abriu a porta, me ajudando. Subimos um lance de escadas, depois entramos em um elevador e quando saímos, ele pediu que esperasse parada. Ouvi um barulho que pareceu ser o de uma fechadura sendo aberta e um segundo depois me senti sendo levantada do chão. Henrique me pegou no colo e deu mais alguns passos. A porta atrás de nós se fechou. - Pronto. Pode tirar a venda. Ele me colocou novamente no chão quando tornei a abrir os olhos. Definitivamente, estávamos no topo de um prédio muito alto, pois por toda sua extensão (coberta por janelas de vidro) dava para ver boa parte da cidade. O local, no entanto, não possuía nenhum móvel. - Onde estamos? – perguntei depois de uns minutos andando pelo lugar. - Estamos no meu mais novo apartamento. – Henrique disse com simplicidade e me virei para encará-lo, assustada. – Comprei há alguns dias. Subindo aquelas escadas, vamos parar no terraço do prédio. É lá onde está sua surpresa. Eu estava chocada demais para dizer alguma coisa. Henrique puxou minha mão e subimos as escadas em espiral que levavam ao terraço. A noite estava bastante fria, mas não nevava. Lá de cima, as luzes da cidade piscavam como se fossem estrelas. A uma curta distância, vi o telescópio dele montado, apontando para o céu. Também haviam dois colchões no chão cobertos por várias mantas e almofadas e uma máquina de fondue. - Você só pode estar brincando. – foi a única coisa que eu consegui falar e ele riu. Se soltou da minha mão se adiantando para montar meu telescópio também, ao lado do dele. Depois de alguns minutos, pediu para que me aproximasse. - Agora, vou te dar seu presente. Olhe no seu telescópio. Já consigo vê-la daqui... – ele falou empolgado e olhei pela lente. Apontava diretamente para a constelação de Velpucula. Antes que pudesse perguntar o que exatamente estávamos procurando, ele continuou – Está vendo aquela estrela maior, no centro das outras cinco pequenas? Mais ao canto esquerdo...? – localizei-a com facilidade. Era a que mais brilhava na lente. - Sim. O que tem ela? - O nome dela é Isabel McCallister. Me afastei tão rapidamente do telescópio que ele acabou girando pro outro lado do céu. Encarei Henrique incrédula e ele sustentou meu olhar, sorrindo. - O que você disse? - Isso mesmo que você ouviu. Registrei essa estrela com o seu nome. Tenho certificado e tudo o mais. É só uma dentre bilhões mas... é sua. - Você só pode estar brincando. – repeti e ele riu me abraçando. - Não. Nunca falei tão sério na minha vida. Nunca senti por outra pessoa o que sinto por você. Chega a ser estranho a rapidez que isso aconteceu... Parece que nosso destino estava mesmo marcado. Se lembra? - Claro que me lembro. A mensagem do “Livro da Sorte”. - É. Muita sorte mesmo, não acha? Termos nos encontrado... Já temos um ano de namoro, daqui mais alguns podemos nos casar! - Falou certo. Daqui mais alguns, sim. Por enquanto quero me focar na faculdade... E além do mais, quando formos nos casar, quero uma festa impecável! - Quando você quiser. Já temos onde morar. Gostou daqui? – me abraçou pela cintura e ficamos observando as ruas de Queens vários metros abaixo. - Adorei. Acho que até dá pra ver alguns fogos da Times Square. - É, talvez. Mas ainda temos umas horas até lá... Melhor esperarmos sentados. Ele sugeriu e nos sentamos nos colchões, nos cobrindo com mantas. O resto da noite foi gasto comendo fondue e fazendo planos. Não demorou até que mais um ano virasse, prometendo ser ainda melhor. sábado, 10 de janeiro de 2009 Lembranças de Isabel McCallister: - Então quer dizer que Rebecca se separou de papai por causa do Grimoire? Porque estava com medo das maldições que nossa avó lançou sobre eles, o casamento e a gravidez, depois que mamãe se recusou a continuar com a tradição? ººº - O amor é lindo! O céu é azul! Os passarinhos cantando... Já contei que estou apaixonada? ººº - “O Cometa: Um cometa rasga o espaço, o destino está marcado. A luz de uma boa estrela seguindo, forte, ao teu lado”. Nada mal. As estrelas sempre me trouxeram coisas boas... - Henrique comentou me encarando sério. ººº - Cinco... Quatro... Três... Dois... Um... FELIZ ANO NOVO! A Times Square se encheu de gritos, palmas, fogos de artifício e confetes coloridos, cada um com uma mensagem. A bola de cristal que no último minuto vinha deslizando gradualmente do topo do edifício Times Tower, cessou. Ao meu lado, centenas de pessoas comemoravam o novo ano com abraços, beijos, promessas e sorrisos estampados. Henrique me abraçou com força pela cintura sussurrando em meu ouvido: - Quer namorar comigo, Isabel Damulakis McCallister? ---------------- Dezembro de 1999 - Ainda não entendo porque você e Anabel não querem ir para passarem o final de ano na Grécia comigo e com sua mãe. – papai comentou enquanto arrumava sua mala. Papai balançou os ombros se dando por vencido e fechou o zíper da mala, me encarando com simplicidade. - Estou muito feliz, sabia? Nunca achei que fosse me sentir tão feliz assim novamente. Sua mãe é maravilhosa e está me ajudando a lembrar porque nos apaixonamos e casamos tão depressa. Foi bem fácil... Ele me soltou sorrindo e concordando com a cabeça, indo até a porta. Antes de sair, se virou novamente para me olhar, sorrindo maroto. - Juízo hein? Diga ao Henrique que estou de olho nele... ---------------- - Então... O que vamos fazer no Ano Novo? Times Square? – perguntei me sentando ao lado de Henrique no sofá, apoiando minha cabeça em seu ombro e dobrando as pernas para apoiar uma bacia cheia de pipocas no vão entre elas. Fechei a cara e enfiei uma nova mão cheia de pipocas na boca. Ele riu. - Você fica irresistível quando finge estar brava, sabia? – ele me puxou para mais perto, dando um beijo em meu pescoço. Tentei me afastar ainda fingindo seriedade, mas amoleci rapidamente, sorrindo. [To be continued...] quinta-feira, 6 de novembro de 2008 Previously on “Anabel McCallister”: - Qual é o problema? --------- - Eu não sei como você vai fazer. Isso não é problema meu. Mas quero meu nome e o de Bernard fora daquela lista de concorrentes para o concurso de “Rei e Rainha do Baile” até amanhã! --------- - Não vai embora! [...] - Sobre o concurso... --------- - Os vencedores e Rei e Rainha do Baile de Formatura da turma de 1999 são: ANABEL MCCALLISTER E BERNARD LESTEL!
ººº Agosto de 1999 - Então, tudo pronto? – Mamãe apareceu na porta do quarto quando eu acabava de fechar o zíper da mala. Viajaria com Bernard para a Itália, em algumas horas. Ficamos em silêncio alguns segundos, nos encarando, até que comecei a rir sem parar. Ela pareceu se assustar com minha reação e sorria nervosa. Quando consegui parar, seus olhos formavam um ponto de interrogação. - Todo esse suspense e esse medo pra me contar...isso? – perguntei ainda rindo e ela pareceu se irritar. Ela me encarava um pouco nervosa ainda, mas depois riu. - Está tão nítido assim? Concordei com a cabeça e nos abraçamos. De fato, um assunto não saía da cabeça nos últimos dias e não conhecia ninguém melhor do que ela, para conversar sobre isso. - Na verdade, mãe, eu também quero te contar algo. – nos separamos e fiquei séria, sentindo meu rosto arder. - Sobre mim e Bernard. Ela escutou tudo o que eu dizia atentamente, e quando terminei, ela sorriu gentilmente. - Estou me lembrando de quando eu estava na mesma situação que você. Mas claro, não conversei sobre isso com minha mãe e sim com sua tia Sophia. Vou tentar ser tão boa conselheira para você como ela foi para mim. Primeiro: se você o ama e já tem essa certeza de que é com ele que você quer dar esse passo, então vocês dois já têm vários pontos positivos para si próprios. E bom saber que ainda existem garotos como Bernard, pacientes. Essa atitude dele já põe abaixo o medo que você tem de ele desistir de você. Ele também te ama, é fato. Segundo: para tudo tem uma “primeira vez”. Você sempre soube o que fazer porque eu te eduquei assim. Mas você não nasceu sabendo tudo. No seu primeiro dia de aula, por exemplo, você não sabia o que fazer também. Tive que ir te buscar na escola, pouco tempo depois de ter te deixado lá, porque você não parava de chorar... E quem te garante que Bernard também saiba o que fazer? Mesmo que ele já tenha tido experiências anteriores, cada caso é um caso. Acredite em mim: vocês dois vão aprender juntos o que fazer e como fazer, quando for a hora certa. Não tem como eu te passar um roteiro de como agir e não tem como dar errado. Ficamos em silêncio por vários minutos. Ela me puxou para um novo abraço, dessa vez, mais forte que o anterior, e passou a mão pelos meus cabelos. - Estar insegura é normal, minha filha, mas você vai ver que tudo vai sair bem. Vocês se amam. Essa equação já possui resultados definidos, ainda que os cálculos dela estejam um pouco confusos, por enquanto... Concordei com a cabeça, respirando fundo e tentando não ficar ansiosa. Ouvimos um estalo alto no andar de baixo e nos separamos. Levantei de um salto. - É Bernard! Deve ter chegado por flú. Saiu do quarto e assim que fechou a porta, pulei no pescoço de Bernard pegando-o de surpresa. Ele sorriu e nos beijamos. - Bela recepção. – respondeu quando nos separamos alguns segundos. Sorri. – Esse beijo estava com um gosto diferente, ou é impressão minha? Em poucas horas, desaparatamos no local onde Isabel havia marcado, na cidade de Veneza. Tudo ali parecia lindo e romântico, mas nada parecia tão “exato” para mim do que eu e Bernard, juntos. --------- Os dois primeiros dias da viagem haviam sido gastos em Veneza, que com certeza só perdia para Paris no quesito de “cidade mais romântica do mundo”. A cidade é bem pequena e “familiar”, com vários canais cortados por pontes em arco e gôndolas deslizando em silêncio pelas águas. Eu e Bernard já havíamos percorrido praticamente toda ela a pé e conhecido todos os melhores museus, lojas, restaurantes, igrejas e palácios. No dia seguinte, iríamos para Roma. Havíamos acabado de jantar no Florian (à luz de velas e com direito a orquestra composta por violino, acordeão e contrabaixo) e voltamos para o hotel, caminhando de mãos dadas pelas ruas, sem pressa. A semana mal tinha começado e já ameaçava acabar, obrigando-nos a voltar para nossas realidades bem mais “cruas”. Bernard foi até a recepção pegar as chaves de nossos quartos e quando chegamos à porta do meu, ele me deu um beijo rápido e já foi se virando para entrar em seu próprio quarto, ao lado. - Bê! – chamei depressa e ele parou no meio do caminho, virando-se. Queria falar para ele que não precisava ir para seu quarto, mas não saiu nada e ficamos nos encarando em silêncio. Ele já ia me perguntar o que tinha acontecido, mas me precipitei o alcançando e dando-lhe um beijo longo. --------- Enquanto isso, em um pub qualquer de Paris... - A essa hora o nosso casal “majestoso” predileto deve estar arrumando as malas. Amanhã eles saem de Veneza e vão para Roma. – Isabel consultou um roteiro que tinha feito para eles, pensativa. – Será que estão aproveitando a viagem? Com certeza vão querer conhecer todos os museus... – ela riu imaginando os dois saltando de um museu a outro. --------- - Nossa! – exclamei sorrindo e apoiando minha cabeça no ombro de Bernard, deitado ao meu lado. Rimos. Ele foi até o telefone e me acomodei nos travesseiros, encarando o teto do hotel, sorrindo. Mais feliz do que nunca. Fill my heart with song In other words, please be true - Frank Sinatra. N.A.: Primeiro texto da Bel neste blog, que inclusive, já tinha sido idealizado há alguns meses atrás e conta com algumas idéias da Ju. Lembrando que este blog é de conteúdo PG-18, com textos pouco violento mas com várias insinuações e muitas AFIRMAÇÕES, portanto, não me responsabilizo por traumas e quaisquer outras reações atípicas ao lerem esta página (que é um blog de fanfic inspirado no mundo criado por J.K. Rowling, não possuindo fins lucrativos). Se você é menor de idade e/ou facilmente influenciado, saia imediatamente desta página e vá ler... Gibi! Desabafo da Autora: Finalmente esse texto saiu! Pâtz! Agora Ian pode respirar aliviado, *risim*. sábado, 11 de outubro de 2008 Staring: The Brain & The Pink Nome – Anabel Damulakis McCallister Apelido – O comum é “Bel”, mas Bernard me chama de “Be” às vezes, só para combinarmos nossos apelidos. ;) Aniversário – 16 de janeiro. Signo – Capricórnio. Idade – 18 anos. Profissão – Ingressante da Academia de Aurores, em Paris. Varinha – Cerejeira, Objeto especial – Uma corrente de prata com um coração que tem uma foto da minha mãe e uma do Bê. Era da minha bisavó, e uma das poucas heranças boas que ela nos deixou... Animal de estimação – Duas corujas, Atena e Ástrea; uma gata, Afrodite; e um hamster, Ptolomeu. Quem admira – Minha mãe, por ser uma mulher cheia de caráter e bons princípios, e não ter seguido a tradição da nossa família. Meu pai, por agüentar a Isabel tantos anos e por tentar colocar algum juízo naquela cabecinha. Isabel, por não ter obedecido e não ter juízo, e ser tão espontânea, divertida, companheira e maluca. E o Bernard. Quer dizer, a paciência do Bernard, principalmente. Palavras-chave da história, até o momento: Grécia; Mãe; Grimoire; Bernard; Livros; Ulisses Bonaccorso; Academia de Aurores; Nome – Isabel Damulakis McCallister Apelido – “Isa”, “Izzie”, “Miss Popularidade”, “Penélope Charmosa”, “Pantera Cor de Rosa”, “Furacão Isabel”, o que preferir. Futuramente, assinarei minha marca como “Isa McCallister”. Aniversário – 16 de janeiro. Signo – Capricórnio. Idade – 18 anos. Profissão – Modelo e estudante de design de moda, em Nova York. Bicos de estilista em Beauxbatons, onde estou com projetos para a renovação dos uniformes. Varinha – Cedro, Objeto especial – Meu telescópio. Minhas coleções de chapéus e espelhos. E “O Livro da Sorte”, que ganhei do Henrique alguns dias antes de começarmos a namorar. Animal de estimação – Uma coruja, Morgana; e um esquilo, Bartolomeu. Quem admira – Meu pai, Richard, o trouxa mais fantástico que existe, e meu maior talismã. Minha mãe, Rebecca, por ser uma bruxa não menos fantástica e muito íntegra. Ok, Anabel, pois apesar de fazer aquela pose de durona, é muito sensível e determinada. Meus amigos todos, que sempre me dão apoio. Henrique, o melhor namorado/futuro marido do mundo! E claro, todos os “tops” da moda: Miuccia Prada, Giorgio Armani, Domenico Dolce & Stefano Gabbana, Giane Versace, e por aí vai. Palavras-chave da história, até o momento: Nova York; Pai; Quadribol; Rádio; Grimoire; Henrique; Moda e Compras; Design de Moda; ºººººººººº Declaro oficialmente inaugurado o blog dessas duas opostas meninas (que agora já estão se tornando mulheres... *olhos cheios de lágrima, com orgulho*), Bel e Isa. Como não sabia o que colocar, para ficar como "o primeiro texto do blog" - que sempre tem um certo peso para o mesmo - resolvi fazer uma breve apresentação de cada uma. Óbvio que depois elas vão ter um perfil digno. Por enquanto, isso é só para não começar postando com o blog "crú". Aos que estão pegando essas duas histórias a partir de agora, poderão encontrá-las integralmente (aliás, quase integralmente) no seguinte link: Les Fables de Beauxbatons. Eu digo "quase", pois antes de irem para Beauxbatons, elas passaram por Hogwarts, em um outro blog, com outro link, que já nem existe mais. Mas foram poucos meses, então, não faz diferença. Em Beauxbatons, procurem nos arquivos desde "Setembro de 2005" até "Julho de 2008". MAS, para quem ficou com preguiça, já aviso desde já que o que for relevante comentar e explicar dos tempos de escola delas, será devidamente comentado e explicado nos próximos textos. Anyway, quem ainda se sentir perdido e quiser um breve resumo, contato: amandalvafer@gmail.com. Acho que já me estendi demais, então vou ficando por aqui. Só queria mesmo me apresentar e explicar esse novo espaço, além de apresentar nossas protagonistas, claro! Espero vê-los em breve, Amanda A. Fernandes, ou para os mais "íntimos" (provavelmente os únicos que estão lendo isso *risim*), Tandi. |